(11) 4210-6455

A taxidermia é a modernização da antiga técnica de empalhamento de animais, procedimento que acabou contribuindo com várias áreas médicas. Contudo, esse tipo de procedimento exige estudos constantes, além de profissionais com muito conhecimento na área e com habilidades muito desenvolvidas.

A prática da taxidermia é muito associada ao uso decorativo por meio da utilização de animais empalhados, bem como, em filmes internacionais. Entretanto, um taxidermista pode atender a públicos diferentes.

Mesmo não sendo muito conhecida, a taxidermia tem um papel importante tanto para a biologia quanto para a educação ambiental.

Isso porque é através dela que é possível estudar as espécies de animais, bem como, todas as suas características reprodutivas para conservação da diversidade, de modo que não sejam extintas.

O que é taxidermia?

No geral, a taxidermia é a técnica mais moderna para realizar o empalhamento de animais e ela é exclusiva para as espécies vertebradas.

Ela é semelhante ao empalhamento que era feito em barro e palha. Porém, a prática atual conta com recursos que permitem a criação de corpos artificiais que possui maior riqueza de detalhes.

O termo taxidermia vem das expressões gregas “taxi”, que significa dar forma, e “dermia”, referente à pele. Os taxidermistas usam apenas a pele ou as escamas dos animais para fazer o seu trabalho. Para isso, é necessária muita exatidão para recriar fielmente as formas.

O procedimento pode também ser realizado usando apenas materiais sintéticos. Esse termo acaba englobando muitos objetivos e técnicas diferentes. O resultado desse tipo de trabalho pode ser visto em museus, empresas, escolas, teatros, cinema e, é claro, em laboratórios.

A taxidermia e as suas vertentes

Mesmo com toda a importância que a taxidermia tem para a biologia, essa área também pode produzir peças para uso particular. Como, por exemplo, na decoração de ambientes e casas. A prática permite a um aluno observar um animal que jamais encontraria em seu meio.

A taxidermia pode ser uma maneira de eternizar espécies de animais raros ou que já entraram em extinção. Isso pode ajudar a humanidade a compreender melhor a vida na terra e a sua evolução, além de ser um importante recurso didático para pessoas cegas, que aprendem sobre as coisas por meio do tato.

Existem duas vertentes para os estudos feitos por meio da taxidermia, sendo elas: a visual, onde as peças são expostas em museus; e a cientifica, onde os cientistas podem analisar uma ou mais espécies de animais sem que haja necessidade de ir ao seu habitat natural.

Como funciona a taxidermia?

Nos países em que a caça é legalizada, como nos Estados Unidos e no Canadá, a prática da taxidermia é bastante comum. Já no Brasil, as leis são bem mais rigorosas quanto ao acesso a fauna silvestre e exótica. Apenas instituições cadastradas e com a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) podem realizar essa prática.

No Brasil, nenhum animal é morto com a finalidade de ser taxidermizado. Pois existem determinações na Lei de Crimes Ambientais, que impedem os maus tratos aos animais, garantindo um tratamento ético a todas as espécies. Por meio da taxidermia é possível observar a causa da morte de um animal e avaliar se foi um ato criminoso.

Esses animais recolhidos são levados aos laboratórios já mortos e são usados para serem estudados e favorecer a educação. A prática evita a invasão dos habitats dos animais, ajudando na sua preservação.

Procedimentos obrigatórios da taxidermia

Durante o procedimento, os profissionais devem usar obrigatoriamente Equipamento de Proteção Individual (EPI) para evitar possíveis contaminações. Isso porque o material biológico silvestre pode oferecer riscos aos humanos. Além disso, para praticar as técnicas de taxidermia, é necessário possuir conhecimento em várias subáreas da biologia, da química e de áreas afins.

A escolha da melhor forma de realizar o procedimento é definida de acordo com o objetivo. Quando animais empalhados são usados para exibição em museus e institutos educacionais, normalmente, o habitat é recriado e as poses dos bichos são bem próximas de como seriam encontrados na natureza. Isso acontece para que eles pareçam vivos. Vale ressaltar que os animais recebem maquiagem.

Entretanto, quando o objetivo são os estudos científicos, a posição dos animais empalhados deve priorizar a observação dos detalhes. Assim ficará melhor a observação para que sejam realizados os estudos.

A taxidermia pode ser feita em humanos?

Pelo o prisma científico, não existe impedimento para a realização da taxidermia em humanos. Mas, de acordo com os aspectos éticos e legais, essa não é uma boa ideia.

Para que uma taxidermia seja realizada em um humano, seriam necessárias as autorizações da justiça e da família. É importante lembrar que os animais possuem pelagem, penas ou escamas, fatores que impedem que as costuras sejam vistas. Nos humanos, elas ficariam bem visíveis.

Além disso, para a conservação de corpos humanos após a morte, o mais aconselhável é se utilizar de técnicas de tanatopraxia, mais conhecida como embalsamamento. A técnica permite velórios mais longos ou mesmo o transporte aéreo dos corpos.

×